DIZ-NOS O QUE ACHAS:

sábado, 31 de julho de 2010

O Pecado! - Teatro Gil Vicente (Cascais)


O autor da peça nasceu como António Martinho do Rosário, mas escolheu o pseudónimo de Bernardo Santareno para assinar as suas obras teatrais. O título original da peça é «O Pecado de João Agonia» e data de 1961. Entre muitas outras coisas, este médico de formação foi e é, ainda hoje um marco das letras teatrais portuguesas, e por isso, o coordenador (e encenador) Vítor de Freitas, escolheu este autor e este texto para desenvolver a arte da máscara nos Workshops de Verão organizadas pela Câmara de Cascais e pela Geração C, dirigido ao público jovem dando-lhes, assim, a possibilidade de ocuparem de forma útil parte das férias lectivas.

Para uns foi o primeiro contacto com as tábuas, o texto decorado, o público. Para outros não, é o culminar da espera pelo Verão, é a partilha de momentos felizes e é o viver de um sonho nem que seja por quinze ou vinte dias. Porque é disso que se trata: de quinze ou vinte dias a estudar um texto, a perceber um autor, a vasculhar uma época, culminando com uma prestação ao público. O público esse, antes de entrar já está rendido: sabe ao que vai e ou é família, amigo ou conhecido de algum dos jovens teatreiros que pelo palco há-de passar. E se na plateia uns estão nervosos, nem se imagina nos bastidores.

Mas é tempo de começar e em pouco mais de uma hora desfilam costumes de outra época, mas que podiam ser vividos ainda hoje. A história é de um jovem (o tal João Agonia) que vem de Lisboa para a aldeia, e sem saber como, vê o seu segredo descoberto, e ao que parece julgado. Toda a aldeia descobre e sob o pretexto de uma caçada aos lobos, João não vive mais em pecado ou de outra forma qualquer.

E assim, passam pelo palco vários jovens que vivem aquele momento de forma intensa, única e especial. E isso é muito bom! Que o texto não saia como era suposto, que o público não perceba uma ou outra palavra, que os nervos atrapalhem todo o corpo nas primeiras falas - isso não interessa, porque ali se vive o sonho de Verão de muitos jovens - pena que maior parte desses "muitos" não o possa desenvolver, mas aquele grupo pôde e fê-lo muito bem! Se vão seguir Teatro ou outra coisa qualquer, isso não interessa, porque nestas duas noites, o mundo é deles, nem que seja por breves minutos.

E é esse o aspecto mais relevante: mais do que uma peça de teatro, para aqueles "actores", este workshop foi uma descoberta, uma experiência, algo que lhes há-de ficar para sempre na memória. A eles e a nós!

O Culturesco dá os Parabéns a todo o grupo de jovens-actores, ao coordenador e a todos os que ajudam a realizar o sonho daqueles jovens, para o ano há mais!

Mayra Andrade - Casino Estoril (29/07/2010)


Foi na passada quinta-feira, dia 29 de Julho, que rumámos até ao D Lounge do Casino Estoril para ver a mais recente voz cabo-verdiana reconhecida internacionalmente. Já colaborou com vários artistas como Mariza, Cesária Évora ou Chico Buarque, e na última quinta-feira, encantou um Casino repleto de fãs e curiosos.

Do concerto podemos dizer que houve óptima interacção entre Mayra e o público, que por ali passaram os seus grandes êxitos e que, com uma banda exemplar, o tempo passou a correr. Mas nem tudo foram rosas nesta noite. O som estava baixo de mais o que fez com que, nos intervalos entre as músicas o público mais longe do palco tivesse dificuldade em perceber o que dizia Mayra, a logística não foi a melhor, obrigando a maior parte de público a assistir longe e a acotovelar-se para poder ter um vislumbre do que pelo palco se passava. Aspectos que deveriam ser levados em conta na organização das próximas quintas-feiras com Jazzanova ft. Paul Randolph + Jazzanova DJ Set (5 de Agosto), Muxima (12 de Agosto), Tiago Bettencourt & Mantha (19 de Agosto), Deolinda (26 de Agosto), Nouvelle Vague meets Rui Pregal da Cunha (2 de Setembro) e Rui Veloso (9 de Setembro), sempre a custo zero, é de aproveitar!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Culturesco no Facebook

Pois é, até agora tínhamos apenas um grupo e desde hoje temos conta, com fotografias do Sumol Summer Fest e algumas informações disponíveis para quem se quiser juntar a nós nas vivências artístico-culturais que este país nos reserva!


Brevemente iremos fazer o upload de fotografias do Delta Tejo, do Optimus Alive e do Super Bock Super Rock. Procura por nós!

Optimus Alive! 2010 - crítica Cultresco

Tarda (muito) mas não falha. E chegou o momento de relembrar o evento que foi considerado, "o festival com melhor cartaz de 2010". Quanto a isso, nada a dizer a não ser que concordamos com esse epíteto e que o único senão era o facto de coincidirem vários artistas / grupos interessantes e que tínhamos grande curiosidade em assistir, mas que, por ser em palcos diferentes com horários coincidentes, se tornava difícil. De seguida podes ver a nossa opinião, e reforçamos: a nossa - e só nossa - opinião.

Tempo agora para olharmos para o primeiro dia:
- O melhor: Florence and The Machine e La Roux - pela energia e pela proximidade estabelecida desde logo com o público, que se mostrou rendido às mais recentes descobertas pop.
- A desilusão: Kasabian - deixaram os nossos correspondentes com um sentimento de desilusão pela falta de comunicação com o público.
- A surpresa: Calvin Harris - não era algo que nos chamasse a atenção, mas a surpresa foi agradável!

Já quanto ao segundo dia:
- O melhor: Skunk Anansie, Gossip, Bloody Beetroods - as expectativas eram altas e confirmaram-se!
- A desilusão: Steve Aoki - começou por cativar, mas ao final o cansaço estava a denunciar algumas baixas na audiência.
- A surpresa: New Young Pony Club - para quem conhecia o registo áudio apenas, a surpresa foi grande, pela interacção com o público e boa disposição que demonstraram!

No terceiro e último dia:
- O melhor: Pearl Jam - cabeças de cartaz de todo o evento, conseguiram esgotar o dia da sua actuação e confirmaram que Portugal é também a sua casa, pelo menos se tivermos em conta a fraca audiência conseguida pelos outros palcos durante a sua actuação.
- A desilusão: Gogo Bordello - pouca interacção com o público e actuação pouco animada.
- A surpresa: neste dia a verdadeira surpresa foi estar praticamente toda a audiência rendida aos Pearl Jam. Já o esperávamos, mas a noite foi, sem dúvida, da banda de Seattle.

Quanto à organização, um dos aspectos menos conseguidos (e mais referido) foi o das entradas no recinto - demasiada confusão para tanta segurança que queriam impor, o ambiente foi tenso na entrada do recinto, principalmente no primeiro dia com a troca de bilhete por pulseiras. Quanto aos espaços estavam bem conseguidos e não se verificaram grandes erros. A fasquia está alta - é continuar o bom trabalho para o próximo ano ser ainda melhor!

domingo, 25 de julho de 2010

Soulbizness - 23 de Julho, Musicbox (Lisboa)


Eles são o Rodrigo Gomes e o Filipe Campos. Foram vizinhos, e em 2007 ganharam o TMN Garage Sessions. Conhecíamos a sua música do MySpace e gostávamos. Soubemos que iam actuar no espaço Musicbox no Cais do Sodré por 8 euros e decidimos ir. O que trouxemos de lá? Um bom momento! O Musicbox não contou com muita gente, mas isso não os impediu de fazer a festa, com direito a encore em roupão qual estrela musical, Rodrigo e companhia voltou e apelou à participação do público. Cantaram outra vez o Turn to Rainbows (do último EP «2nd Shake») e pediram para ficarmos com essa música no ouvido, e nós ficámos!
Num estilo que se classifica entre as raízes soul e funk chegando a um pop eléctrico com guitarra e muito boa onda, os Soulbizness contam por estas bandas já com alguns fans! Nós tínhamos gostámos muito do concerto que deram no Rock in Rio 2010 no Palco Sunset com a Zoey Jones e gostámos também da passada noite de sexta-feira. Antes do concerto e enquanto fazíamos tempo para nos dirigirmos até ao espaço que iria acolher os ex-vizinhos e a sua banda cruzámo-nos com o Rodrigo (a voz dos Soulbizness) nas refeições ali do lado.
Enfim, o EP sai esta segunda para uma Fnac perto de ti. Nós ficámos fans e não vamos deixar escapar para ter o registo em cd da banda lisboeta. O EP é 5€, e traz este Turn to Rainbows e o Room 108. Ficam os vídeos, aproveitem! É boa música portuguesa!

Super Bock Super Rock - crítica Culturesco

Vamos simplificar, pode ser? Então pronto: SBSR - é como é tratado na gíria da comunicação social por ser um nome com mais de três palavras - e a partir daí difícil de dizer com ritmo e, naturalmente difícil de o escrever, pela exigência fonética que representa, e num texto que tem esse nome por base, e apesar das regras literárias recomendarem a pouca ou nenhuma repetição, essa é inevitável. Esclarecimentos à parte, e porque aqui pelo Culturesco somos peritos em criticar, vamos, nas linhas seguintes dizer o que de melhor e de menos agradável aconteceu no dito SBSR, ok? E como não queremos maçar-vos muito, vamos ser sucintos... uns tópicos nunca fizeram mal a ninguém e agora vamos experimentar como ficam por aqui... aí vamos nós!

Ora...
Organização:
- boa - se pensarmos na revista policial apertada (e talvez exagerada - no primeiro dia de campismo (quinta-feira) havia cães a revistar mochilas e pessoas...);
- má - se pensarmos na má gestão dos autocarros (deviam existir mais, e devia haver algum cuidado - o senhor motorista que fazia o transfer entre a estação CP de Coina para o recinto, no final da noite apresentava largos sinais de embriaguez... ou só nós é que vimos?), e ainda negativa se pensarmos nas largas filas para entrar no recinto todos os dias - se optam por um nível se segurança tão apertado, porque não fazer entradas de recintos maiores, com opção para duas ou três filas em simultâneo? (já no Delta Tejo aconteceu o mesmo...)

Segurança:
- e porque foi acabada de falar: boa no recinto; má no campismo - aqui pelo Culturesco alguém ficou sem um fato de banho e sem uma toalha de praia, chamemos-lhe "roubo de estendal" - desnecessário para quem se quer divertir, não?

Comida:
- cara! (dentro e fora do recinto).

Vila:
- de seu nome Alfarim, receberam-nos muito bem - como se nos conhecessem, até! A vontade de voltar sem o rebuliço do festival ficou... veremos o que o verão nos reserva...

Transportes:
- já falámos do senhor do transfer CP Card (embriaguez) e a isso podíamos acrescentar a falta de segurança do próprio transporte...
- no que ao transporte recinto-praia e praia-recinto diz respeito, para um trajecto bastante longo (20 a 30 minutos) em que ir a pé não é uma solução muito viável (apesar dos que se aventuraram) a existência de apenas de 2 autocarros neste serviço foi uma falha grave, obrigou a grandes filas de espera e ânimos exaltados em várias situações e ainda a pessoas a viajar de pé num transporte que se quer seguro... a intenção era a melhor, mas não é muito aconselhável, certo?

Campismo:
- na sexta-feira o recinto dedicado ao campismo teve de ser alargado, e acabámos, mesmo assim, uns em cima dos outros. Faltavam contentores de lixo, iluminação e mais chuveiros e casas de banho (podiam existir também na outra ponta do recinto, ou só à entrada é que é viável?).

Recinto:
- em todos os jornais, revistas e televisões o pó foi senhor e rei, e também aqui - para quem passou quatro dias por aquelas bandas, algum ar citadino, e por isso sem poeiras, era extremamente necessário!
- em termos de infra-estruturas, de espaço e de animações, em comparação com o Delta Tejo e com o Sumol Summer Fest (da mesma organização que o SBSR) foi, a nosso ver, o melhor até agora!

Concertos:
- a razão principal de um festival é, parecendo que não, a música e neste festival em particular as surpresas foram muitas... Prince confirmou as expectativas apesar de esperarmos uma música com Ana Moura e não Prince, Ana Moura (com Prince na guitarra), e Prince outra vez - nem conversaram quase... mas foi, de facto, um momento histórico de que muito se devem orgulhar organização, patrocinadores e artistas envolvidos. Os 32 mil que assistiram pareciam rendidos ao artista. Pena John Butler Trio coincidir ainda que por pouco tempo com o cabeça de cartaz do festival (que não foi o último da noite...) o que não impediu que aquele fosse o momento em que o palco secundário (Palco EDP) tivesse registado talvez a maior audiência...
- mas houve mais do que Prince, Ana Moura e John Butler Trio. No primeiro dia houve Cut Copy: totalmente desconhecidos para nós, que ficámos agradavelmente surpreendidos; Pet Shop Boys: novos de mais para a idade que carregam, e com ela tantos êxitos, a cada música descobrimos que estávamos a ouvir a música do tempo em que éramos crianças: um dos melhores concertos para nós! Keane: para uns algo que não chamou muita atenção, para outros um grande momento do festival, aqui pelo Culturesco, concordamos mais com a primeira opinião... Cut Copy e Pet Shop Boys foram, a nosso ver os reis da noite!
- segundo dia: Hot Chip: muito bom! Leftfield: o melhor da noite. Vampire Weekend: a cena indie no seu melhor. Tiago Bettencourt & Mantha: nós gostamos, mas achámos que naquele festival, tocaram no palco errado... Já no Palco EDP Miss Redshoes encantou!
- terceiro dia: Palco EDP: Sharon Jones: mas o que é isto? Uma cinquentona que encantou o Meco e arredores... um óptimo aperitivo para uma grande noite, cantou com os The Dap Kings - banda que actua com Miss Winehouse e juntos mostraram a soul music no seu melhor. Sharon Jones come back! John Butler Trio: o momento alto do festival para muitos que para além dos êxitos radiofónicos de Prince era a única banda que conheciam. Pelo palco principal, Palma's Gang: lamentável o álcool que pelo sangue do senhor Palma circulava - prejudicou um bocadinho ou não? A ocasião merecia um bocadinho de esforço, dizemos nós! Empire Of The Sun: para muitos a melhor maneira de encerrar o festival, depois dos amantes de Prince darem lugar a uma audiência mais jovem e mais entendida destas novas andanças de música "mascarada". Um bom momento musical, pena só ter estado presente metade da banda, mas quase ninguém se apercebeu...

Em Suma...
Foi um grande festival! O local não podia ser melhor! A organização essa, pode sempre ser melhor, e a nossa principal queixa é relativamente aos autocarros. Se o ano passado - depois daquela experiência "metade Porto e metade Lisboa sem os Depeche Mode à última da hora substituídos pelos GNR", o festival não parecia de boa saúde, nesta 16ª edição isso foi esquecido. Para o ano deviam voltar ao mesmo sítio - resultou bem! Só não digam no spot publicitário «Meco, Sol e Rock n' Roll» porque de Meco só mesmo o local - porque a praia era longe e de difícil acesso, e de Rock N' Roll, só uma guitarrada ou outra... por nós podem dizer «pó, sol e boa música» que é mais real, verdadeiro e bom à mesma, sim?

As fotos da praxe... em muito menor quantidade estarão no Facebook um dia destes, quem sabe...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Super Bock Super Rock - Apostas Culturesco


À semelhança do que fizemos para o Sumol Summer Fest e para o Delta Tejo, ente outros, também para o Supr Bock Super Rock, vos apresentamos aqui as nossas apostas daqueles que serão, com certeza, grandes concertos.

E para este festival, esperamos, naturalmente a presença de Prince com grande expectativa. Mas em segundo lugar aparece nas nossas expectativas de grandes concertos Jonh Butler Trio e Empire Of The Sun.

Vamos na expectativa de conhecer novas bandas e trazer novos nomes de grupos que nos façam olhar para a música que se faz hoje em dia com esperança de que esteja com boa saúde, depois contamo-vos tudo!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Optimus Alive ... e outras opções!

É sabido que o Passeio Marítimo de Algés vai ser entre hoje, amanhã e sábado, o centro do mundo para muitas pessoas (equipa Culturesco incluída), mas nem só de Alive se vão viver esses dias, e como o Culturesco quer também divulgar novos projectos e acontecimentos menos conhecidos, sugerimos para hoje, quinta-feira a peça de teatro «Peça Para Dois» - uma peça que junta em cena Rita Lello (também assina a encenação) e Pedro Giestas - o eterno alentejano mais talentoso dos palcos portugueses. A peça estreou em Janeiro de 2009, e desde então já passou por vários palcos, e nesta semana volta ao primeiro por onde passou: o teatro A Barraca, em Santos, num exercício que mostra nos dias 7, 9 e 11 de Julho a encenação já apresentada, e nos dias 6, 8, e 10 uma nova encenação (também de Rita Lello), mas desta feita numa outra perspectiva: sem cenário. O Culturesco hoje vai passar por lá, porque parece que às quintas o bilhete é 6€... depois conta-vos tudo!

Para sexta, temos o reggae dos Marley em Cascais, desta feita com Julian Marley, no evento que dá pelo nome de Cascais Summer Sessions, e que de certeza vai levar ao Parque Marechal Carmona grandes fans da música das boas energias! Por lá, vai passar alguém do Culturesco, e também os Quaiss Kitir - banda que conhecemos, recentemente, no Sumol Summer Fest, Ericeira.

Para sábado, sugerimos uma visita ao MusicBox, em Lisboa (Cais do Sodré), para a apresentação do novo álbum da banda de Loures JahVai. Apesar de algumas mudanças na banda, esta vai resistindo, com novos fôlegos e sempre boa música. Duram já há uns 8 anos, e desde há alguns que aqui pelo Culturesco têm uns fans. Talvez passemos por lá também.

E vocês, façam o mesmo: (hoje) Alive ou «Peça Para Dois»; (amanhã) Alive ou «Cascais Summer Sessions»; (e sábado) Alive ou «JahVai». Ficar por casa ou dar os dias por menos importantes e sem Cultura e Arte é que não!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Delta Tejo - crítica Culturesco

Vem atrasada, ok, mesmo muito atrasada, mas vem. Nas linhas que se seguem vamos relembrar o que vivemos no Festival Delta Tejo deste ano. O bom e o mau. Sem fotografias, que essas serão colocadas no espaço do Culturesco no Facebook.
O primeiro dia do Festival trouxe até nós como cabeça de cartaz Shaggy. Mas trouxe-nos mais que isso: trouxe-nos Natiruts a abrir o palco principal. Quanto a esta actuação não podemos dizer nada, porque vimos metade da última música e a despedida da banda do palco. Se chegámos atrasados ao recinto? Não! Estivemos cerca de uma hora na entrada, entre troca de bilhete por pulseira, revista policial, entrada, subir até poder entrar realmente no recinto foi-se o concerto dos Natiruts. Neste ponto a nossa opinião quanto a organização era demasiado negativa. Mas enfim, a noite ainda era uma criança e passaram pelo palco principal Carlinhos Brown que nos surpreendeu pela positiva contagiando praticamente todo o público. Tempo para subirem ao palco as batidas do kuduro dos Buraka Som Sitema - e neste ponto as opiniões divergem: uns criticam os demasiados palavrões e o tom "agressivo" que fez deste concerto para alguns, o pior da primeira noite; mas as opiniões são, como dissemos, diferentes e houve quem referisse este concerto como o momento alto do Festival. Depois do kuduro dos Buraka, chegaram ao palco os ritmos quentes na voz de Shaggy, e aqui novamente divisão de opiniões: uns acharam-no um concerto demasiado apegado a sucessos, e com pouco risco. Outros acharam-no o melhor concerto, por isso mesmo: recheado de sucessos de Shaggy e não só.
Mas, e ao contrário do que esperávamos, não existiam mais 2 palcos, existia um palco que a meio da noite mudava de nome, mas apenas no papel, e neste palco destacamos Expensive Soul que mataram saudades de actuar visto terem estado afastados algum tempo e só agora estarem a regressar com a apresentação de novo álbum. E tivemos pena de ser em simultâneo com o concerto de Shaggy, o que nos obrigou a ver apenas metade de cada concerto. Encerrado o palco principal, o público mais resistente rumou ao palco secundário e aproveitou para celebrar com os Nu Soul Family, projecto que alguns desconheciam, mas que parece ter agradado aos presentes.

Segundo dia de festival: menos confusão e mais organização à entrada: ainda bem! Deste dia destacamos a actuação de Ana Carolina que fez as delícias do público maioritariamente brasileiro. A iniciar o palco principal esteve Susana Félix que com algum público já animava o Alto da Ajuda, seguiu-se o fado de Ana Moura, que soube muito bem cativar os presentes, tempo para a chagada de Ana Carolina que cantou e encantou num ambiente entre o nostálgico, o sentimental e o "quase-depressivo" que fez os presentes e fãs assumidos cantar a plenos pulmões. Para os que não estavam nessa disposição, Mary B já desempenhava o seu set de dj na perfeição, com fraca audiência, mas com animação. Uma óptima forma de escapar aos sentimentos esvoaçantes que se encontravam no palco principal. Tempo para ver a cabeça de cartaz que chamava menos gente do que a sua antecessora: Nneka. Uma música repleta de boas energias, ideal para terminar a noite dedicada às mulheres: quer em cima do palco, quer na plateia. Existe, no entanto, uma crítica a fazer: o Delta Tejo é o primeiro festival a acontecer (em termos de calendarização) que integra o MusiCard CP (passe de acesso a 4 festivais com campismo e transporte nos comboios CP assegurado), e é neste último aspecto que existe uma crítica. No Super Bock Super Rock, no Sudoeste TMN e no Super Bock Surf Fest existe um autocarro que faz o transporte da estação CP para o recinto que é gratuito para os CP Cards, e no Delta Tejo, da estação CP para o recinto, a única hipótese era de autocarro Carris em que a viagem tinha o preço único de €1,45 (porque tinha acabado de se verificar o aumento dos preços). E como se não bastasse esse facto, e apesar de os comboios CP terem uma parceria com o Festival e com a Organização, não se verificaram comboios extraordinários, o que nos obrigou a, uma vez que tínhamos de nos deslocar de transportes públicos a ter uma despesa nas viagens de autocarros Carris que não estava prevista e a termos de abandonar o recinto ainda com o último artista em palco, para podermos ir no último comboio, neste caso da linha de Cascais. Fica referenciado o aspecto negativo.

Quanto ao terceiro dia nada há a dizer, porque gostamos de dizer apenas com conhecimento de causa, e o que aconteceu foi que a equipa Culturesco não encontrou motivos para ir ao último dia do festival, que ao que sabemos, oficialmente, foi o mais concorrido.
De uma forma geral julgámos este Festival pensado para o público brasileiro que acorreu à chamada e marcou uma presença demasiado sentida. Bom para o público brasileiro, mas o que achamos é que este festival tem sido, nas suas edições anteriores um festival diversificado e pensado para chegar a várias nações, e neste o que sentimos é que a nação brasileira foi a "nação" do festival, o que não nos impede de pensar neste como um festival importante no panorama actual, até porque se afasta dos grandes nomes anglo-saxónicos e nos traz outros grandes artistas de países que em termos musicais, e à semelhança de Portugal, ainda têm um longo caminho a percorrer para se afirmar, mas que produzem, naturalmente, música de grande qualidade.

domingo, 4 de julho de 2010

Só com Guest!

Imaginem que os exames da 1ª e 2ª fase já acabaram e a única coisa que o pessoal quer fazer é divertir-se, o álcool já não é uma proibição porque domingo de manhã já não temos de nos levantar cedo para estudar as mil e uma páginas de matéria, que a nosso ver se resumiam bem em 30...

Pois bem o Bairro Alto é local eleito para iniciar a pré-party: as girls vestidas a rigor e de preferência com pouca roupa (porque está calor) e os boys de sempre para acompanhar as donzelas. Há a habitual ronda por aqueles bares onde se costuma beber e até tempo para pôr a conversa em dia e falar de tudo menos da Faculdade... O tempo é passado com a companhia de uma Imperial ou uma Tango para a garganta não ficar seca de tanto dar à língua.

São quase 4h da manha e para onde vai o pessoal? Vamos tentar a Kapital... Toca a mexer as pernas e apanhar um "arzinho" fresco para iludir a embriaguez. Depois de muito andar e fazer umas amizades pelo meio do caminho chegamos ao nosso destino com um sorriso de alívio e... BARRADOS. A resposta é a mesma desculpa de sempre: só com Guest List, mas como somos persistentes e a vontade de curtir a noite é muita 'bora lá ao Urban Beach que já ouvi falar bem daquilo e... BARRADOS a guest volta a ser a nossa inimiga.

E que tal os espaços nocturnos compreenderem a situação do pessoal que gosta de entrar mais tarde e não impedirem a entrada numa discoteca às 4h da manhã, sabemos de fonte segura que houve pessoas que entraram sem a "amiga" guest. O que acontece a quem não está numa de ouvir transe, ao final da noite, no Kremlin e quer outra opção para acabar em grande a noite? Afinal somos ou não somos o país da Europa onde a noite acaba mais tarde? E que tal não fazerem cara feia à porta e deixarem-nos curtir... Aqui alguns elementos do Culturesco acham que certas condutas deviam mudar para benefício da diversão nocturna, quem gosta de entrar mais tarde também tem direito à diversão e não apenas alguns que chegam à mesma hora e têm a conversa amigável com o segurança e entram...

Mas felizmente esta história tem um final feliz... Não nos demos como vencidos e a sorte não nos virou as costas à terceira. Acabámos a noite no Dock's, com o bónus de Girl's Night ao sábado e terminámos uma noite, um tanto ou quanto atribulada, com o épico do Verão de 2009... I gotta feeling that tonight it's gonna be a good night!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Outras Sugestões Culturesco

E a principal sugestão é, naturalmente, o Festival Delta Tejo, mas se não forem esses os vossos planos, nós temos outras sugestões...

Hoje podem ficar por casa e assistir no canal público à estreia em televisão do grande filme português «Amor de Perdição» com actrizes fantásticas como Catarina Wallenstein, Ana Padrão e Ana Moreira, e o papel principal muito bem atribuído a Tomás Alves - é bom cinema português, e é bom passar no canal público!

Se preferirem música no estilo reggae, têm o Festival MUSA - em Carcavelos, a estrela do cartaz deste ano é Capleton e vai andar por lá alguém do Culturesco... depois contamo-vos tudo!

Sábado e ainda no segmento reggae, têm na Moita o soundsystem holandês Herb-A-Lize It.

No Domingo têm os fins-de-tarde da capital, com o Out Jazz - uma sugestão recorrente pela boa ideia que é dar boa música aos jardins da capital de forma gratuita!

Perder estas ou outras mostras culturais é que não... Aproveitem!

Delta Tejo - Apostas Culturesco


E avizinha-se mais um grande Festival, desta feita no Alto da Ajuda, com vista para o Tejo e com ritmos quentes a percorrerem os três palcos. O conceito do Festival é trazer grandes nomes da música que não sejam, originários da cultura anglo-saxónica, cultura que continua a dominar este segmento cultural.
Assim, os nomes são vários desde a música brasileira, nigeriana, e claro, portuguesa! Temos Buraka Som Sistema, Nneka, Ana Carolina, Expensive Soul, Susana Félix, Ana Moura, Shaggy, Natiruts, e muito mais.

À semelhança do que já fizemos, aqui pelo Culturesco temos apostas:

- Ana Carolina: a brasileira consegue colher as preferências dos três elementos Culturesco que vão marcar presença no Delta Tejo (votos de ALC, MVF e XBP);
- Shaggy: à semelhança da brasileira Ana Carolina, este cantor jamaicano consegue também os três votos;
- Natiruts: conseguem dois votos, de quem espera um concerto recheado de boa energia (votos de ALC e MVF);
- Expensive Soul: e porque falta um voto... são os portugueses Expensive Soul que o conseguem arrecadar (voto de XBP).

Apesar destas apostas, meramente indicativas do gosto musical e da expectativa que a equipa Culturesco tem deste Festival, avizinham-se grandes performances, e bons momentos de música e cultura! E nós vamos estar lá... E depois contamo-vos tudo!