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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Super Bock Surf Fest - crítica Culturesco

A este festival também havia quem tivesse ido, e quem nunca tivesse tido tal experiência. Houve quem do Sudoeste regressasse a casa por três ou quatro dias e também houve quem fosse directamente de terras alentejanas para terras algarvias. A experiência não foi muito boa. Mudámos de um clima quente, com pouco vento, noites agradáveis e praia resguardada para uma zona ventosa a toda a hora, com noites agradáveis só se com roupa diferente daquela que se costuma levar para festivais de verão.

Mas neste festival há críticas sérias a fazer, críticas que merecem uma reflexão por parte da organização.

1.º - Não há campismo disponível? Como é que se vendem bilhetes com acesso a campismo e depois, o parque de campismo tem uma lotação esgotada a dois dias do festival arrancar? Algo digno de uma (ou mais) reclamação à organização, e que merece uma solução para o ano que vem.

2.º - Novamente a questão das entradas para o recinto. Neste festival, só se descobria onde era a entrada pelo elevado ajuntamento que se fazia. Depois, a habitual e infeliz confusão de entrada. Bebidas - fora! Mas revista policial para segurança dos participantes no evento - não! Algo a ter, seriamente, em consideração.

3.º - E por último, mas não por isso menos importante, a muito notada falta de casas-de-banho no recinto, há-de haver uma qualquer regra da organização de eventos que diga que para o número de espectadores daquele festival aquele número de casas de banho era bastante reduzido, não?


Mas passemos a assuntos menos sérios, mas que nos interessam mais, por serem mais felizes. Concertos, artistas, ambiente e... festival em si.

O Sagres (como no início se chamava) foi em tempos um festival pequeno. E este ano também foi, principalmente se pensarmos que o seu único palco era de dimensões inferiores às do palco secundário do Sudoeste TMN ou do Super Bock Super Rock. Mas este ano, o evento esgotou, a enchente foi grande, muito por conta de três grandes nomes da onda reggae: Alborosie, Anthony B e Patrice. Foram deles os melhores momentos deste festival. SOJA conseguiram grande audiência mas o sentimento de satisfação não era generalizado. Vanessa da Matta cumpriu com o esperado e confessou que aquele público não era o seu público, mas que mesmo assim estava a gostar da noite. Freddy Locks pecou por tocar demasiados temas do seu mais recente trabalho, mas mesmo assim, os que já povoavam o recinto no início da noite pareciam gostar. Seguiram-se os Mercado Negro, que com a energia e sentido de humor da voz principal desta banda, invadiram Sagres de «boas vibrações»! Ficámos sem perceber a presença de Mikkel Solnado neste festival e de David Fonseca, que mesmo assim conseguiu boa audiência e grandes momentos de cumplicidade com aquele público. Gostámos da prestação de David Fonseca, mas achávamos que faria mais sentido num Super Bock... Super Rock, não? E se tivesse trocado com John Butler Trio (que tocou no dito SBSR), então... faria muito mais sentido! Podemos, para finalizar referir que a Tenda dita Electrónica (igual à do Sumol Summer Fest) de electrónica tinha pouco mas de circo, tinha muito. O que deu à organização e empresa de montagem de palcos para pegar numa tenda de circo e transformá-la numa pista de dança? Principalmente numa localidade tão ventosa... Enfim, podiam debruçar-se sobre estes assuntos para a próxima edição. O Culturesco está aqui apenas para ajudar!

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